Consulta Psicológica do idoso
Saber envelhecer é uma arte!
Pode ser um processo de independência, de alegria, integração e auto-construção. É mais uma fase no percurso da vida que pode ser vivida de uma forma tranquila (as pernas já não ajudam…), agradável (quantas coisas deixámos por fazer ao longo da vida por falta de tempo…), oportunidade (é a altura ideal para aprender uma competência exclusivamente por gosto, pelo prazer de saber…), com sapiência (a experiência acumulada, os acontecimentos de vida que nos ensinaram “à força” até mesmo o que nem queríamos aprender), com arte (agora há tempo para aprender a pintar, a fazer música, a descobrir o que ainda nos apaixona…).
Adultos crescidos têm necessidades diferentes.
Dorme-se menos, fica mais tempo para explorar…
Finalmente, as exigências, os horários, as regras aligeiram-se, promovendo espaços auto-regulados onde podemos encaixar mil e uma pequenas coisas que queremos produzir, conhecer, fabricar.
Ao nosso ritmo, segundo a nossa vontade, enfim, no conceito mais alargado de LIBERDADE.
Como as pernas falham e as costas acusam, por vezes, o peso de mais uns anos, assim, também a cabeça apresenta uma nova face: o ritmo de processamento pode ser um pouco mais lento mas a “base de dados” interna é também muito maior, demora mais tempo a ser percorrida, é muito mais rica!
E se esqueceu isto ou aquilo?
Vamos então, ver e avaliar. E… na maior parte das vezes, o medo de se esquecer, por ser esperado que se esqueça ( “A mãezinha anda muito esquecida… é natural… já são 70 e tal anos…”) é aquilo que verdadeiramente subjaz ao problema.
Não se enerve, converse comigo, vamos ver o que se passa e encontrar a melhor forma de lidar com isso. Vai ver que vai surpreender os seus netos, quando lhes mostrar que, comigo, até mexe com computadores…